Nada além das
discrepâncias
Entre eu e o meu corpo nu.
Sou alma,
Sou o vento que passa,
Sou o tempo que não se
mede,
Sou o medo que me
persegue,
Sou um eu que não
conheço.
Apago do meu passado as
lembranças,
Os retratos do meu corpo
em metamorfose,
Num tempo que se repete
e nunca passa,
Num redemoinho em
espiral,
Que se apossa da nossa
sabedoria,
Da nossa bendita
sabedoria.
O destino me consome,
Destruindo a liberdade
dos meus passos,
Anulando minha presença,
Minhas conspirações
mentais
Sobre o que vejo,
Sobre o que sinto.
Não consigo olhar para
mim,
Não consigo ouvir-me
Não me conheço
Não tenho fé
Sou lixo no meio do
Universo,
Uma partícula a mendigar
espaço e tempo.
Eternas interrogações. Gostei!
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