terça-feira, 15 de novembro de 2011

Palavras de um REI


Quem são estas pessoas que me prendem, estas mãos, estes rostos? Quando olho para trás não vejo nada, mas se paro, sinto, ouço vozes, ouço o meu nome. De quem são estas marcas em que piso, estes traços?

Do nome não lhes sei lembrar e nem quero. Só não me venham delimitar os meus versos, não corrijam aquilo que só da vossa alma escura vem. Sai às pressas, a procura daquilo de que não gosta, com o pretexto das minhas letras.

Minha dor nada tem a ver com esses magnatas. Reis da palavra e dos versos todos. Reis de tudo e de coisa alguma, quando nem o nada se considera vazio e todos acham que sabem, quando o desconhecimento é total, porque a sabedoria só não vira pó se passar por mim como penugem.

De quem são estas palavras negras. De onde vem esta impetuosidade, esta grandeza de espírito? E este silêncio que paira quando parece já estar tudo dito?

5 comentários:

  1. Eu sei de onde vem estas palavras negras.
    Os magnatas das palavras te deixaram furibunda né minha amiga?
    força lá

    ResponderEliminar
  2. "... porque a sabedoria só não vira pó, se passar por mim como penugem". Fiquei a saborear estas palavras nesta madrugada sem sono como se talo de rebuçado no céu da boca...

    Muito bonito este texto!

    Abraço,
    Paulino

    ResponderEliminar
  3. Olá Paulino. Fico contente em saber isso. Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Pois é Dai. O nosso "mundinho" está cheio de "Magnatas". Sabia que ias perceber logo que o lesses. Abraço

    ResponderEliminar
  5. oi minha amiga , gostei do texto , n deixe que esses magnatas de palavras negras te afligem e nem tira o que de melhor tens os teus versos que são inspiradores e expressivos

    ResponderEliminar

O que achas disto?