sábado, 19 de novembro de 2011

Terra




Passo as minhas mãos
Pela tua fronte perdida.
Sinto a ruguês das tuas encostas,
O latejar no teu coração
Que ainda canta o seu povo.

Vozes que vêm de dentro,
 Num som profundo
Que me tocam em segredo,
Suplicando em desespero
Que Deus os venham buscar,
Que os atirem para longe
Do desapego da sua gente,
Desejando reviver tempos
Que outrora os fizeram felizes.

Canto para que partam,
Na lembrança daqueles
Que um dia os escreveram em versos,
Os pintaram com as suas cores,
Os tocaram com as cordas do violão,
E os embalaram com melodiosas canções de amor.

Rezo em silêncio suplicando
Um destino diferente para ti,
Diferente do meu
Do nosso
Que os teus passos
Não se percam do caminho
Do verdadeiro sentido da vida
Que a tua essência seja perpetuada
Cultivada por este chão

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